terça-feira, 16 de novembro de 2010

Não se conquista na força do nosso braço



'PÁTRIA  MADRASTA VIL'

Onde já se viu tanto excesso de  falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de  escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O  novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo  melhor para BRASIL. 
Porque o Brasil nada  mais é do que o excesso de falta de caráter, a  abundância de inexistência de solidariedade, o  exagero de escassez de responsabilidade. 
O  Brasil nada mais é do que uma combinação mal  engendrada - e friamente sistematizada - de  contradições. 
Há quem diga que 'dos filhos  deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não  é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que  eu conheço de MÃE, o Brasil  está mais para  madrasta vil. 
A minha mãe não 'tapa o sol  com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um  lugar na universidade sem ter-me dado uma bela  formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás  não me aboliria da escravidão se soubesse que me  restaria a liberdade apenas para morrer de fome.  Porque a minha mãe não iria querer me enganar,  iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que  fosse efetivo na resolução do problema, e que  contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela  sabe que de nada me adianta ter educação pela  metade, ou tê-la aprisionada pela falta de  oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada  pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que  eu só vou crescer se a minha educação gerar  liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue  a outra.... Sem nenhuma contradição! 
É disso  que o Brasil precisa: mudanças estruturais,  revolucionárias, que quebrem esse  sistema-esquema social montado; mudanças que não  sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A  mudança que nada muda é só mais uma contradição.  Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas  não ensinam a pescar. E a educação libertadora  entra aí. O povo está tão paralisado pela  ignorância que não sabe a que tem direito. Não  aprendeu o que é ser cidadão. 
Porém, ainda  nos falta um fator fundamental para o alcance da  igualdade: nossa participação efetiva; as  mudanças dentro do corpo burocrático do Estado  não modificam a estrutura. As classes média e  alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide  social - terão que fazer mais do que reclamar (o  que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)...  Mas estão elas preparadas para isso? 
Eu  acredito profundamente que só uma revolução  estrutural, feita de dentro pra fora e que não  exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa  acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.  
Afinal, de que serve um governo que não  administra? De que serve uma mãe que não afaga?  E, finalmente, de que serve um Homem que não se  posiciona? 
Talvez o sentido de nossa própria  existência esteja ligado, justamente, a um  posicionamento perante o mundo como um todo. Sem  egoísmo. Cada um por todos. 
Algumas  perguntas, quando auto-indagadas, se tornam  elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no  Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma  madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou  excluído? Como gente... Ou como  bicho?



Essa redação é uma infeliz verdade! Mas e nós os crentes? Vamos acreditar nas verdades do mundo e nos conformar a elas, vamos apenas acreditar que é do nosso modo natural que vamos alterar a realidade a nossa volta? Não!!!
Sabemos que educação é a base de tudo em qualquer sociedade, mas ela por ela mesma não livra intelectual, esclarecido, pessoas de destaque ou quem quer que seja de uma vida amarga e infeliz, de uma vida vazia e inútil - precisamos de educação sim, e de tudo o mais apontado no texto acima, mas nós precisamos muito mais do poder de Deus manifesto através da minha e da tua vida, é isso que mudará a cara do nosso país.
E só em Jesus, cheios do seu amor alcançaremos as mudanças necessárias, com muita oração e muita ação pois 
"O Universo todo espera com muita impaciência o momento em que Deus vai revelar o que os seus filhos realmente são" Rm 8:19


Premiada  pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26  anos,  estudante que termina faculdade de direito da  UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil  estudantes universitários. 
Ela acaba de  voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da  Organização das Nações Unidas para a Educação, a  Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação  sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'  

A redação de Clarice intitulada `Pátria  Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com   outros cem textos selecionados no concurso. A  publicação está disponível no site da Biblioteca  Virtual da  UNESCO.

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